quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Eu sintático: Classificação sintática de maneira dinâmica.

Pré-requisitos: 1- A dinâmica requer uma explicação prévia sobre os elementos sintáticos [termos] da oração (Adjunto Adnominal, Adjunto adverbial, Aposto, Objeto, Predicativo do Sujeito, Sujeito, Verbo, Vocativo, Predicativo do Objeto), portanto é viável utilizá-la para revisões, depois das explicações.
2- Bombons: são sempre motivadores ~ rs.

Nº de participantes: equivalente ao número de elementos sintáticos. Obs.: haverá mais de um turno, vários grupos de alunos podem participar.

Instruções: 1- O professor deve escrever no quadro todos os Termos da Oração que serão usados durante a atividade;
2- O professor definirá, antes de cada rodada, o número de alunos que irão participar.
3- Cada aluno escolherá voluntariamente um elemento sintático, dentre os que o professor colocou no quadro, para representar ~ quem for mais rápido escolhe o que julga mais fácil. Por exemplo, Arturzinho escolheu ser o 'Verbo', Amandinha o 'Sujeito' e assim por diante.
4- O professor determinará, antes da dinâmica começar, que o Adjunto Adnominal sempre estará ligado ao sujeito, ao objeto, portanto o aluno que representar o 'Adjunto Adnominal' escolherá entre os alunos 'Sujeito', 'Objeto' ou 'Predicativo do Sujeito' para unir-se a um deles [é bom lembrá-los neste momento que Adjuntos Adnominais se ligam apenas a substantivos].
5- Lembre os alunos que eles podem se organizar da maneira que conseguirem [exceto o Adjunto Adnominal] para dar sentido à oração.

Objetivo: Formar uma oração completa e que faça sentido.

Prática: O primeiro aluno começa a frase com uma expressão relativa a seu elemento sintático; o segundo aluno faz o mesmo e continua com a criação da frase, até que o último tenha completado a oração. Por exemplo: o aluno que representa o 'Sujeito' começa com a expressão "O rei"; o segundo, representando o 'Adjunto Adnominal', segue como em "O rei gordo", o terceiro, 'verbo', cria "O rei gordo comeu", dessa forma, se cria uma oração que, dependendo da criatividade dos alunos, pode ser um tanto divertida.
Cada vez que o aluno acertar, ganha um ponto [ou um bombom].

Avaliação: O professor pergunta aos alunos o que puderam entender sobre suas respectivas posições (ex. Sujeito, Verbo). Provavelmente aparecerão respostas como "não sei", então é importante fazer perguntas mais específicas do tipo "o sujeito pode aparecer depois do verbo?" ou "o predicativo do sujeito apareceu na frase com o verbo 'comeu'? Por quê?". De qualquer maneira, deve-se instigar os alunos a pensar sobre o que fizeram.

Por que fazer?

A atividade estimula a criatividade e o pensamento rápido; aumenta a atenção sobre das funções sintáticas que ensinamos na escola e a(s) posição(ões) em que cada uma pode se encontrar na sentença; e serve como um animado exercício de fixação para os alunos de forma a quebrar a rotina de exercícios escritos.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O papel do professor de Língua Estrangeira

Há hoje diversos estudos que contemplam a formação dos professores de Língua Estrangeira (LE). Muitos [senão todos] acreditam na responsabilidade social que o docente passa a ter logo que inicia sua profissão. Nessas pesquisas os estudiosos levam em consideração a  influência que o profissional da educação pode ter sobre o estudante. Entende-se, então, que o professor de línguas deve ter em mente que a linguagem tem relação intrínseca com elementos externos à própria língua e perpassa questões políticas, históricas e, principalmente, socioculturais. Dessa forma, assumindo a posição de mediador, o professor é responsável por suscitar indagações que levem o aluno a desenvolver o pensamento crítico e reflexivo acerca do que está estudando e do seu 'mundo social', colocando-o na posição de cidadão. Portanto, é inegável a visão de que o professor é um educador.

Durante uma discussão sobre a posição social do professor de língua inglesa, que aconteceu durante um treinamento pedagógico na escola onde ministro aulas, criamos uma definição simples do que pode ser um educador: "O educador é a pessoa que, além de instigar a busca pelo conhecimento e a consciência crítica, prepara outras pessoas para o mundo, como cidadãos".

Paulo Freire, renomado estudioso e amante da área, compreendia que a educação, para ser libertadora, implica em uma aproximação crítica da realidade. Entendo que isto é real e acredito em uma mudança de pensamento que parte do indivíduo, mas é semeada pelo social e, sendo assim, pode [e deve] ser semeada pelo professor.

Os PCNLE (Parâmetros Curriculares Nacionais em Língua Estrangeira) se atentam a isso e dizem que "os temas centrais nesta proposta são a cidadania, a consciência crítica em relação à linguagem e os aspectos sociopolíticos da aprendizagem de Língua Estrangeira" (Pág. 15). Conhecer a(s) cultura(s) dos povos que têm como sua língua materna uma língua que para nós é estrangeira e entender o cenário de dominação por trás dela é um ponto de vista a ser relevado quando se pensa em estimular o posicionamento crítico dos alunos. ~ Acesse aqui os PCNs de Língua estrangeira ~

Nas Orientações Curriculares para o Ensino Médio (OCEM) este assunto também tem seu destaque:
"Reiteramos, portanto, que a disciplina Línguas Estrangeiras na escola visa a ensinar um idioma estrangeiro e, ao mesmo tempo, cumprir outros compromissos com os educandos, como, por exemplo, contribuir para a formação de indivíduos como parte de suas preocupações educacionais." (Pág. 91). ~ Acesse aqui as OCEM ~
Vale lembrar sobre a posição que o professor pode tomar para se adaptar ao cenário dinâmico de aprendizado em que se encontra. Veja em http://eiprofe.blogspot.com.br/2014/04/por-muito-tempo-terra-foi-o-centro-do.html


segunda-feira, 14 de julho de 2014

A musicalidade na sala de aula


A música é uma manifestação artística humana que, segundo pesquisas arqueológicas, se estende desde muito tempo atrás. Pelos registros que os pesquisadores têm, a relação entre música e educação parte da Grécia Antiga; diz-se que a musicalidade, nesta época, era de grande importância no auxílio ao ensino de ética e cidadania.

Apesar de que, de acordo com o avanço nas séries [e na idade], a música vai perdendo espaço no âmbito escolar, dispondo da imensa facilidade com a qual temos acesso à música hoje, é ainda mais proveitoso utilizar-se desse recurso para o ensino dos mais variados assuntos e habilidades.
A música pode servir como ponte entre o conhecimento mais conceitual - isto é, atividades de sistematização e interpretação como, por exemplo, a Matemática, a História, a Biologia - e o conhecimento mais perceptivo - encontrado nas Artes em geral.
E para se perceber um dos efeitos da música em nós, basta lembrar das vezes que você não conseguia tirar aquele jingle político da cabeça e o cantava várias vezes. Assim pode ser na sala de aula. As versões paródicas de músicas bem-conhecidas proporcionam melhor memorização do conteúdo linguístico. E isso tudo é reforçado pelo fato de que, além de ter o "poder" de nos deixar felizes, a música estimula a criatividade, a integração e a sensibilidade aos conteúdos curriculares.

Ensinar língua(s) através de uma ferramenta magnífica como a música é tornar o aprendizado significante. O aluno, ao conseguir cantar determinada canção, poderá sentir-se apto a aprender outras, o que o levará a adquirir vocabulário, internalizar estruturas gramaticais implicitamente e se desenvolver cognitivamente.

Um método bastante interessante para o professor explorar, direcionado à língua inglesa, são os Jazz Chants de Carolyn Graham. Essas atividades são direcionadas à entonação, ao ritmo e à forma do American Spoken Language (Inglês Americano Falado). Através desta técnica, reproduzimos os sons da língua-alvo de maneira similar aos sons do cotidiano de forma lúdica e ritmada, com o auxílio, na mais simples das ocasiões, de apenas movimentos corporais, como o bater das mãos e dos pés. É importante realçar que para que a atividade seja melhor aproveitada, a linguagem utilizada deverá ser significativa, isto é, "fazer sentido" para o aluno: linguagem do dia-a-dia, importante para a comunicação, de acordo com a motivação dos alunos, ou do conteúdo proposto em sala de aula.
Vale a pena conferir esta entrevista com a professora Graham sobre o assunto (áudio em inglês, com legenda em inglês):






E pra quem estiver estudando a música na sala de aula e quiser ter um aporte teórico interessante, é bom ver o artigo [e suas referências] disponível em:
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/3066/000331440.pdf?sequence=1

Bons estudos.


Referências:

GRANJA, Eduardo Carlos de Souza Campos. Musicalizando a escola: música, conhecimento e educação - São paulo. Escrituras Editora, 2006.

Música: entenda porque a disciplina se tornou obrigatória na escola. http://educarparacrescer.abril.com.br/politica-publica/musica-escolas-432857.shtml Acesso em 14/07/14

terça-feira, 20 de maio de 2014

A importância dos Icebreakers nas aulas de Língua Estrangeira

O que é um Icebreaker?

É uma atividade, um jogo ou um evento que é usado para acalorar a conversa entre os participantes da aula - ou de qualquer outro evento - e criar um ambiente confortável para a comunicação. Por isso, é conhecido como o quebra-gelo: uma pessoa fria pode não interagir tão bem como outra que já se sente livre para participar. O Icebreaker é um facilitador; com ele a aula parece mais leve e menos obrigatória. 

Existem três tipos ~ que eu conheço ~ de Icebreakers, cada um com um objetivo específico.

O primeiro tipo objetiva o conhecimento mútuo e a diversão. Quando as pessoas não se conhecem, fica muito mais difícil interagirem entre si. Essa interação é alcançada através de conversas introduzidas pela atividade e, consequentemente, de risadas. Ao final da atividade, as pessoas que eram estranhas para o outro passam a colegas de classe; esse tipo de Icebreaker possibilita as apresentações pessoais e as primeiras conversas entre os participantes.

O segundo mantém seu foco na apresentação do conteúdo ou na reiteração de atividades já anteriormente apresentadas. Sendo assim, pode ser usado em qualquer momento da aula ~ mas recomendo que seja no início, pois gera autoconfiança nos alunos ~ e, principalmente, como revisão pré-prova. Aqui também cabem as risadas e a conversa, mas o objetivo principal ainda é a explicação.

O terceiro é uma atividade que se baseia em um propósito específico. Se, por exemplo, os alunos estão com muitas dúvidas acerca de como resolver suas atividades online, é recomendável separar um pouco do tempo da aula para resolver esse problema da melhor forma possível. Isso ajudará os alunos a criarem confiança no professor.

Por que usar um Icebreaker?

Os Icebreakers têm um papel significante em eventos nos quais a comunicação e o conforto do participante são fatores importantes. Essas atividades ajudam a quebrar as barreiras que há entre os participantes e assegura que todos são igualmente colaboradores à aula/evento.
Você pode usá-las nas suas aulas quando:

1- Os participantes se conhecem e você quer fazer com que a conversa flua confortavelmente;
2- Quando a turma é heterogênea - e, para algumas linhas teóricas, sempre serão - e os alunos são diversos no que diz respeito a etnia, faixa etária, áreas de conhecimento, portanto alguns deles se sentem inibidos;
3- Quando os participantes são estranhos um ao outro e se faz necessária a apresentação pessoal a fim de que os alunos compartilhem seus pensamentos, o que 'aquece' a comunicação;
4- Sempre achar necessário ~ rs.

Os Icebreakers são altamente recomendáveis à abordagem comunicativa: veja a nossa postagem acerca do tema.

Dica: Para ótimos e eficazes Icebreakers, recomendo o site  Busy Teacher

Bom proveito!


Esse artigo foi baseado em uma publicação do site About.com.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Transição de cenários: A abordagem comunicativa no ensino de línguas.

Créditos: shutterstock.com; imagem encontrada do site Universia.
É possível perceber, sem muito esforço, que o ensino de língua estrangeira nas escolas públicas, por muitas vezes, segue uma visão tradicionalista/estruturalista de ensino. Os professores ainda se prendem exclusivamente ao ensino das formas e, por assim dizer, das regras e oferecem pouco de sua atenção às verdadeiras necessidades e expectativas do aprendiz. 
Durante o período em que participei do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), nós bolsistas aplicamos um questionário (Questionário de Análise de Expectativas e Necessidades - QAEN) que procurava diagnosticar a situação do ensino em duas escolas públicas de minha cidade. Sem surpresa, descobrimos que a maioria massiva dos alunos se interessava pela Língua Estrangeira (LE) por causa da possibilidade de comunicação com estrangeiros e de futuras viagens a passeio e/ou a estudo; ainda por cima, de praticamente todas as questões do QAEN, se pôde abstrair a importância que os alunos dão à comunicação oral.
Na Universidade passei pela disciplina de Linguística Aplicada, na qual pude aprender um pouco sobre uma abordagem interessante ao ensino de línguas: a Abordagem Comunicativa segundo Almeida Filho (1993). Fiquei bastante interessado pela possível eficácia que essa abordagem teria e decidi que iria aplicá-la quando possível.
Infelizmente, precisei sair do PIBID e não aproveitei essa dedicação na escola pública; no entanto, comecei a ministrar aulas em um curso particular que preza arduamente pelo desempenho comunicativo dos alunos. Sendo assim, pude colocar em prática alguns pressupostos desta teoria e isso me fez perceber que era realmente eficaz a sua aplicação. 
A abordagem em questão tem como objetivo: fazer com que o aluno aprenda a se comunicar através da interação com a língua-alvo; apresentar textos (orais e escritos) que reflitam sobre aspectos que perpassam uma língua, tais como sociais e históricos; fornecer oportunidades de prática linguística e aprendizagem participativa; prover oportunidades de intensificar experiências pessoais do aluno que irão servir como contribuição à aprendizagem dos colegas; estabelecer a relação entre a língua usada dentro de sala de aula e a língua do dia-a-dia.
É uma boa, não é?! Claro que sim! Agora cabe ao professor se esforçar para desviar o foco que está sobre a formas da língua e endereçá-lo ao uso da linguagem.



ALMEIDA FILHO, J. C. P. de.   Dimensões comunicativas no ensino de línguas.   Campinas, SP: Pontes, 1993.
RICHTER, M. G; BALBINOT, M. A abordagem comunicativa na aquisição de língua escrita. Disponível em http://coral.ufsm.br/lec/02_01/MarcioLC6.htm . Acesso em 16/05/2014.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Uma ideia para as aulas de Sintaxe na Educação Básica: Transitividade Verbal

Todos que já passaram pelo ensino fundamental sabem como são terríveis as aulas de sintaxe, mais especificamente, a análise sintática. Nós professores corremos o risco de pecar no ensino do assunto e os alunos de não aprender como deveriam. Isso acontece porque a análise sintática não é um assunto tão objetivo, os termos podem mudar de posição na frase por causa de questões de estilo e até mesmo de variações linguísticas.
 Não tá entendendo nada, né?! Depois digo onde quero chegar, mas por enquanto, vamos adiante... 
Fui professor de língua portuguesa durante um ano e preparei alunos para a prova do Instituto Federal do estado; a porcentagem de alunos que alcançaram boas notas em língua portuguesa foi razoável. Mantive contato com os alunos e corrigimos as questões. Para a minha surpresa (nem tanto), as questões nas quais houve mais erros foram as de análise sintática. Percebi também que os alunos que se dispuseram dos esquemas que utilizei para ensinar a análise sintática se sobressaíram nessas questões e alcançaram melhores notas. Agora quero compartilhar minhas experiências. Mas quero que fique bem claro, são só ideias, o que não significa que alguém DEVA fazer assim.
Nesse artigo pretendo falar sobre a transitividade dos verbos explicada com desenhos. Desenhar é uma forma de chamar a atenção dos alunos; e fazer bonecos de stick não é nada complicado: faz a cabeça, puxa o tronco e faz palitinhos para as pernas e braços. Então, vamos lá. Ah!, não esqueça de personalizar os bonequinhos. Faça olhos gigantes, sorrisos assustadores, barba, boné, e o que sua criatividade mandar.

Quanto a sua transitividade, o verbo se divide em quatro (se excluirmos o verbo de ligação). Pense assim: se um carro está parado, não há trânsito; se este carro se move até o seu destino, há trânsito (no próximo artigo explicarei melhor essa do carro).
O mais simples é o INTRANSITIVO (repare, não há trânsito de informações). Nesse tipo, o verbo não precisa chegar até o seu destino (OBJETO), sendo assim, não há trânsito. Veja:

 Exemplo: Léo caiu.
A oração não precisa de nenhum complemento para ter significação completa (segundo a gramática normativa). Léo caiu e pronto. Ninguém precisa saber da vida dele, ou como ele caiu (se houvesse essa informação, haveria também um adjunto).
Outra face da transitividade são os Verbos TRANSITIVOS. Nessa face, o verbo requer a chegada ao seu destino, ou seja, se faz necessário um complemento verbal. Por isso, eles se dividem em três menores tipos, os Transitivos DIRETO, INDIRETO e DIRETO & INDIRETO (sim, direto e indireto ao mesmo tempo). Não se assuste, não é tão difícil como você pode estar pensando.
O Verbo Transitivo Direto (VTD) é nomeado assim porque tem um complemento verbal exigido pelo verbo que se denomina OBJETO DIRETO. Para que o objeto seja DIRETO, o verbo não exigirá, além do complemento, uma PREPOSIÇÃO. Aposto que você já deve estar pensando: -“Nossa, ‘tá’ ficando chato, esse negócio de preposição eu não sei o que é”. Os gramáticos de renome, Bechara, Cegalla, Cunha & Cintra, têm um conceito um tanto complicado para novos entendedores, sendo assim vou tentar simplificar.
“Preposição é aquele vocabulozinho que une os termos de uma mesma oração. É a própria preposição que, na maioria das vezes, dá o sentido dessa união.”


Se eu dissesse “Marcos vai o carro”, o que estaria faltando? Sim, a preposição, que poderia ser “de” ou “para”, o que mudaria o sentido da união entre os termos “vai” e “carro“ (o artigo “o” é apenas um determinante e não tem valor sintático significativo).
Exemplo: Marcos chutou a bola ou Marcos chutou alguém.



O segundo subtipo é o Verbo Transitivo INDIRETO (VTI), que ao contrário do VTD exige uma preposição. Vejamos:
“O cientista + gosta + de + sua namorada” ou “O cientista + gosta + de + sua bola de futebol”.
O verbo gostar, por funcionar como TRANSITIVO INDIRETO, exigirá, neste caso, a preposição “de”, portanto, teremos um objeto INDIRETO.


Lembre-se: Verbos Intransitivos (VI) não têm Objeto (O); Verbo Transitivo Direto (VTD) sempre tem Objeto Direto (OD); Verbo Transitivo Indireto (VTI) tem Objeto Indireto (OI); e Verbo Transitivo Direto e Indireto... bem, vamos ver agora.
“O cientista + tomou + uma bola nova + de + Sofia” ou “O cientista tomou de Sofia uma nova bola”.
O verbo “tomar” requer que Alguém (o cientista) tome algo/alguém (uma bola nova) de (preposição) alguém (Sofia). Pode-se dizer, então, que o Verbo Transitivo Direto & Indireto (VTDI) vai precisar de dois objetos, sendo que um deles sempre será DIRETO (uma bola nova) e o outro INDIRETO (Sofia).

É isso, espero que tenham gostado. Qualquer dúvida/crítica/sugestão é só comentar. Até a próxima!

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Somos diversos linguisticamente, mas todos "hablamos Portuguesiño"

- "Você já parou para pensar como é grande a diversidade linguistico-cultural do Brasil?"
- "Hã? Sei lá."


Cada região do Brasil, como se pode facilmente perceber, tem características próprias quanto à forma de se comunicar dos seus habitantes. Atualmente, nas escolas públicas [até onde eu sei], os professores de língua portuguesa , com devidas exceções, não estão preocupados com a língua que realmente é usada no nosso país. 

Como assim?

Estamos vivendo um momento de transição no qual os 'antigos' reforçam a relação certo/errado e julgam de maneira bem depreciativa o linguajar extra-classe dos alunos como 'a língua popular' ou 'a língua coloquial'. Do outro lado, temos os professores que são preparados para estabelecer as diferentes importâncias e os diferentes contextos de uso das variedades linguísticas padrão e não-padrão. 
Hoje no Brasil, pela grande influência da mídia televisiva, a variedade mais difundida é aquela da região Sudeste do Brasil, visto que é de lá que partem praticamente todos os programas da TV aberta. Essa variedade, portanto, ganhou o título de 'padrão'. (Dá uma olhada no site Desconversa). Sendo assim, todos que não falam como se fala lá poderão sofrer um pouco de preconceito linguístico [vide o livro Preconceito Linguístico de Marcos Bagno]. Além disso, o que se entende hoje por 'correto' é baseado na literatura de um tempo passado, o que às vezes, pode causar conflitos. O projeto NURC (Projeto da Norma Urbana Oral Culta), criado por pesquisadores da língua, chegou pra mudar um pouquinho essa situação.

Maaas....

Mesmo com toda essa diversidade, muito traços da língua portuguesa falada no Brasil são comuns a praticamente todos os povos daqui. Um exemplo forte disso é o jeito que a gente fala no diminutivo pra expressão algumas emoções como o carinho, a dó, ou mesmo pra intensificar uma ideia.
A Coca-cola percebeu essa nossa curiosa singularidade e resolveu nos 'zoar' e, confesso, ficou até bem engraçado. Veja:


quarta-feira, 16 de abril de 2014

Postagem introdutória: A sala de aula e o sistema solar

Por muito tempo, a Terra foi considerada o centro do Universo. Podemos agradecer a Aristaco de Samos e a Copérnico pela visão Heliocêntrica que hoje temos, aquela em que se vê o Sol no centro. O sol é o responsável pelo aquecimento e pela iluminação do nosso planeta. Sem ele, não viveríamos.
Muitas ~ muuuuuuitas ~ pessoas acreditam que o professor é e deve continuar sendo o Sol, em torno do qual os alunos devem "girar".
Eu acredito, de alma inteira, que o professor é um mediador. Através dele se é capaz de chegar ao conhecimento de forma direcionada e embasada, mas ele não é a única fonte. Precisamos entender que a curiosidade é melhor amiga de quem quer aprender. Sempre digo pra mim mesmo: "Não gosto de estudar, gosto mesmo é de aprender". Mas como aprender exige estudar, né... A curiosidade leva a pesquisar e a se aprimorar; dessa forma, o aluno se sente motivado a buscar por si só o conhecimento.

Isso me lembra um artigo da revista Veja, Aluno não quer dizer 'sem luz', o qual fala sobre a(s) origem(ns) da palavra 'aluno', mas a isso outros blogs já se propuseram explicar. Mesmo assim, reforço: o aluno também tem sua carga de conhecimento e é capaz, sim, de partilhar. O professor não deveria negar o espaço que o aluno precisa, mas sim incentivar a construção mútua do conhecimento através de uma abordagem comunicativa.