terça-feira, 20 de maio de 2014

A importância dos Icebreakers nas aulas de Língua Estrangeira

O que é um Icebreaker?

É uma atividade, um jogo ou um evento que é usado para acalorar a conversa entre os participantes da aula - ou de qualquer outro evento - e criar um ambiente confortável para a comunicação. Por isso, é conhecido como o quebra-gelo: uma pessoa fria pode não interagir tão bem como outra que já se sente livre para participar. O Icebreaker é um facilitador; com ele a aula parece mais leve e menos obrigatória. 

Existem três tipos ~ que eu conheço ~ de Icebreakers, cada um com um objetivo específico.

O primeiro tipo objetiva o conhecimento mútuo e a diversão. Quando as pessoas não se conhecem, fica muito mais difícil interagirem entre si. Essa interação é alcançada através de conversas introduzidas pela atividade e, consequentemente, de risadas. Ao final da atividade, as pessoas que eram estranhas para o outro passam a colegas de classe; esse tipo de Icebreaker possibilita as apresentações pessoais e as primeiras conversas entre os participantes.

O segundo mantém seu foco na apresentação do conteúdo ou na reiteração de atividades já anteriormente apresentadas. Sendo assim, pode ser usado em qualquer momento da aula ~ mas recomendo que seja no início, pois gera autoconfiança nos alunos ~ e, principalmente, como revisão pré-prova. Aqui também cabem as risadas e a conversa, mas o objetivo principal ainda é a explicação.

O terceiro é uma atividade que se baseia em um propósito específico. Se, por exemplo, os alunos estão com muitas dúvidas acerca de como resolver suas atividades online, é recomendável separar um pouco do tempo da aula para resolver esse problema da melhor forma possível. Isso ajudará os alunos a criarem confiança no professor.

Por que usar um Icebreaker?

Os Icebreakers têm um papel significante em eventos nos quais a comunicação e o conforto do participante são fatores importantes. Essas atividades ajudam a quebrar as barreiras que há entre os participantes e assegura que todos são igualmente colaboradores à aula/evento.
Você pode usá-las nas suas aulas quando:

1- Os participantes se conhecem e você quer fazer com que a conversa flua confortavelmente;
2- Quando a turma é heterogênea - e, para algumas linhas teóricas, sempre serão - e os alunos são diversos no que diz respeito a etnia, faixa etária, áreas de conhecimento, portanto alguns deles se sentem inibidos;
3- Quando os participantes são estranhos um ao outro e se faz necessária a apresentação pessoal a fim de que os alunos compartilhem seus pensamentos, o que 'aquece' a comunicação;
4- Sempre achar necessário ~ rs.

Os Icebreakers são altamente recomendáveis à abordagem comunicativa: veja a nossa postagem acerca do tema.

Dica: Para ótimos e eficazes Icebreakers, recomendo o site  Busy Teacher

Bom proveito!


Esse artigo foi baseado em uma publicação do site About.com.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Transição de cenários: A abordagem comunicativa no ensino de línguas.

Créditos: shutterstock.com; imagem encontrada do site Universia.
É possível perceber, sem muito esforço, que o ensino de língua estrangeira nas escolas públicas, por muitas vezes, segue uma visão tradicionalista/estruturalista de ensino. Os professores ainda se prendem exclusivamente ao ensino das formas e, por assim dizer, das regras e oferecem pouco de sua atenção às verdadeiras necessidades e expectativas do aprendiz. 
Durante o período em que participei do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência), nós bolsistas aplicamos um questionário (Questionário de Análise de Expectativas e Necessidades - QAEN) que procurava diagnosticar a situação do ensino em duas escolas públicas de minha cidade. Sem surpresa, descobrimos que a maioria massiva dos alunos se interessava pela Língua Estrangeira (LE) por causa da possibilidade de comunicação com estrangeiros e de futuras viagens a passeio e/ou a estudo; ainda por cima, de praticamente todas as questões do QAEN, se pôde abstrair a importância que os alunos dão à comunicação oral.
Na Universidade passei pela disciplina de Linguística Aplicada, na qual pude aprender um pouco sobre uma abordagem interessante ao ensino de línguas: a Abordagem Comunicativa segundo Almeida Filho (1993). Fiquei bastante interessado pela possível eficácia que essa abordagem teria e decidi que iria aplicá-la quando possível.
Infelizmente, precisei sair do PIBID e não aproveitei essa dedicação na escola pública; no entanto, comecei a ministrar aulas em um curso particular que preza arduamente pelo desempenho comunicativo dos alunos. Sendo assim, pude colocar em prática alguns pressupostos desta teoria e isso me fez perceber que era realmente eficaz a sua aplicação. 
A abordagem em questão tem como objetivo: fazer com que o aluno aprenda a se comunicar através da interação com a língua-alvo; apresentar textos (orais e escritos) que reflitam sobre aspectos que perpassam uma língua, tais como sociais e históricos; fornecer oportunidades de prática linguística e aprendizagem participativa; prover oportunidades de intensificar experiências pessoais do aluno que irão servir como contribuição à aprendizagem dos colegas; estabelecer a relação entre a língua usada dentro de sala de aula e a língua do dia-a-dia.
É uma boa, não é?! Claro que sim! Agora cabe ao professor se esforçar para desviar o foco que está sobre a formas da língua e endereçá-lo ao uso da linguagem.



ALMEIDA FILHO, J. C. P. de.   Dimensões comunicativas no ensino de línguas.   Campinas, SP: Pontes, 1993.
RICHTER, M. G; BALBINOT, M. A abordagem comunicativa na aquisição de língua escrita. Disponível em http://coral.ufsm.br/lec/02_01/MarcioLC6.htm . Acesso em 16/05/2014.